Baia do Sancho, P.N.M. Fernando de Noronha © Roberto M.F. Mourão, Brazil EcoTravel
 
Em 4 de abril, o navio National Geographic Explorer aportará no Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, em cruzeiro proveniente de Ushuaia, com 122 passageiros a bordo.

m/v National Geographic Explorer, Antartica © Linsbladt Expeditions
 
 
 
Lançado em 2008, o National Geographic Explorer é um navio de exploração amadora aos mais exóticos lugares do planeta. Operado em parceira com companhia de navegação Lindblad Expeditions, sua concepção e equipamentos é o resultado de quase 200 anos de experiência em expedições coletivas.
 
Originalmente construído para o serviço ao longo da costa da Noruega como parte do famoso Hurtigruten, ou Coastal Express, sua excelente manobrabilidade e tamanho faz desta embarcação uma escolha natural para adição à frota da National Geographic. Baseando-se em quase 50 anos de história de expedições pioneiras e perícia, foi completamente redesenhada e reconstruída para o ecoturismo e observação da vida silvestre.
 
O Explorer acomoda 148 clientes em 81 cabines, incluindo 13 cabines com varandas privativas, seis suítes espaçosas e 14 cabines projetadas especificamente para viajantes individuais. Em 367 pés, com seis decks, é espaçoso e moderno, com uma variedade de salas que oferecem vistas impressionantes das paisagens por onde passa. Confortável e informal, o Explorer apresenta um ambiente acolhedor, onde os passageiros, entusiasmados e curiosos, podem compartilhar experiências e promover enriquecimento excepcionais.
 
Inclue biblioteca, janelas panorâmicas, várias plataformas de observação (incluindo acesso a portadores de dificuldade de locomoção) e bar-lounge 24 horas. Oferece petiscos e coquetéis com apresentações sobre os locais e temas visitados.
 
Enquanto os interiores do Explorer são espaços elegantes, a vida a bordo é sempre casual, sem a necessidade de roupa formal, possuindo academia de ginástica, lavanderia e Wi-Fi.
 
  
 
A operação será realizada pela operadora especializada Brazil Ecotravel, do Grupo Compass Brazil (Destination Management Company), em parceira com o Projeto Tamar
 
    
 
 
 
Lindbladt Expeditions e Cruzeiros Marítimos nas Ilhas Galápagos 
 
Historicamente tem sido observado danos de grandes navios de cruzeiros nos destinos turísticos e promovem caos nos negócios e nos barcos locais, de menor porte. O Parque Nacional Galápagos é um dos destinos com risco de impacto negativos e danos por desrespeito à capacidade de suporte turístico.
 
Companhias com navios de menor porte (150 ou menos passageiros), como a Lindbladt Expeditions, proprietária do MV Endeavour (120 pax), iniciou um programa de contribuições no final dos anos 60. Com a criação do Galapagos Conservation Fund, em 1997, as doações tiveram um significativo aumento. Para encorajar seus clientes a fazer doações, a Lindbladt doa US$ 250, na forma de desconto em viagens futuras, para igual valor doado pelo cliente a Galápagos.
 
Outras companhias seguiram os passos da Lindbladt, contribuindo para o fundo de conservação. Em 2006, mais de US$ 500 mil foram recebidos em doação por passageiros.
 
As Ilhas Galápagos formam um grupo de 58 ilhas, das quais apenas quatro são habitadas, situadas no Oceano Pacífico a aproximadamente mil quilômetros a oeste da costa do Equador, país a que pertencem e ponto continental mais próximo. As ilhas vulcânicas, localizadas a 1.000 km do continente, viraram parque nacional em 1959. As visitas são limitadas e sempre acompanhadas por guias naturalistas, para garantir o cumprimento das regras, assim como para informar turistas sobre a ecologia, geologia, flora e fauna deste arquipélago frágil e fascinante.
 
O arquipélago apresenta elevada biodiversidade e é habitat de uma fauna peculiar que inclui grande número de espécies endêmicas: 90% dos répteis, 80% das aves e 40% das plantas. A totalidade das ilhas constitui uma reserva de vida selvagem administrada pelo governo e que é, desde a visita de Charles Darwin, o principal laboratório vivo de biologia do mundo. Charles Darwin publicou "A Origem das Espécies" em 1859 e, com sua teoria da evolução, provocou uma das mais importantes revoluções da ciência moderna. Se o naturalista britânico visitasse Galápagos hoje, provavelmente não ficaria tão desapontado com a atual conservação do arquipélago, apesar de algumas alterações preocupantes relacionadas com sobre-uso.
 
O turismo nas ilhas se faz principalmente a bordo de pequenas e médias  embarcações que varia de 8 (veleiros) a 100 passageiros, com preços variando de ~ US$ 200 a 600, dependendo dos serviços e luxo que o programa incluir, em viagens de duração de 4 a 8 dias. A ilha de Santa Cruz, possui 20 hotéis com variada opção de categorias e preços.
 
Como em outros destinos de cruzeiros, em Galápagos também há controvérsia sobre a operação de navios de 500 ou mais passageiros, que esporadicamente visitam o arquipélago.
 
As discussões tomaram vulto a partir da visita do navio MV Discovery a San Cristobal, em 2006, uma embarcação de 20 mil toneladas com 351 cabines e suítes, com capacidade para 650 passageiros - ‘pequeno’ se comparado com os mega navios em operação nos dias de hoje. Mas que oferece 3 restaurantes, 3 lounges, cinema, biblioteca, salão de ginástica, 2 piscinas, além de outros serviços.
 
Os que concordam com a presença de navios de cruzeiros, argumentam que os ganhos econômicos superam os custos operacionais associados, enquanto que os oponentes, argumentam que a médio e longo prazos, não compensam, além de turismo de larga escala não são compatíveis com a filosofia do turismo em Galápagos. 
 
Muitos asseguram que grandes navios podem comprometer a reputação do arquipélago e servem de precedente para justificar ‘turismo de massa’. Galápagos continua discutindo a questão de receber ou não grandes navios de cruzeiros mas, conforme informações de organizações de pesquisa e ambientalistas, com poucas chances de ocorrer.