Ciclo de Vida de Destinos Turísticos


Desenvolvimento de Destinos Turísticos

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O Conceito de Ciclo de Vida por Richard Butler (1980)

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De acordo com o conceito de ciclo de vida do destino turístico enunciado por Richard Butler, todo destino turístico atravessa um ciclo de vida, em estágios. Cada estágio pode ser associado com um impacto específico, econômico, ecológico e sociocultural.

O ciclo de vida turístico é, se não devidamente monitorado e ajustado, composto por:

  • Exploração (visitantes pioneiros)
  • Envolvimento (da comunidade)
  • Descobrimento (pelo público e Trade turístico)
  • Desenvolvimento (do destino turístico)
  • Consolidação (da atividade turística)
  • Estagnação (se não houver monitoramento e ajustes)
  • Declínio (agravamento, se não houver monitoramento e ajustes)

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Paradoxo do Turismo: Popularidade x Sustentabilidade

A popularidade do turismo pode fomentar a conservação do patrimônio natural e cultural através da restauração e preservação de destinos turísticos, MAS a popularidade pode resultar em níveis inaceitáveis de uso e danos consequentes a características ecológicas e culturais vulneráveis.

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Relevância do Ciclo de Vida

No Ciclo de Vida sugere-se que mudanças significativas ocorrem quando a Capacidade de Carga Turística de um Destino Turística é excedida, resultando em um declínio na qualidade ambiental (no sentido mais amplo do termo) e subsequente perda de recurso e comercialização do Destino.

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Capacidade de Carga Turística, por Miguel Cifuentes

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Estágio de Desenvolvimento Turístico da Ilha Grande

Pelos indicadores disponíveis, a Ilha Grande deve ainda se encontrar num estágio inicial de desenvolvimento, que pode ser considerado como ‘pré-maturidade’ turística, por causa de fatores como:

  • seu relativo isolamento do continente
  • sua distância de São Paulo, maior emissor turístico brasileiro
  • a existência de presídio de segurança máxima até abril de 1994
  • os transportes internos na Ilha serem somente a pé, bicicleta ou de barco, havendo apenas carros oficiais circulando
  • fraca atuação conjunta de promoção do destino turístico por parte dos empresários, caracteristicamente isolados
  • insuficientes ações das associações de classe ligadas ao turismo, não havendo sinergia entre suas ações
  • frequentes conflitos entre nativos x empresários migrantes
  • frequentes conflitos entre comunidade x gestores municipais e/ou estaduais das unidades de conservação.