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Trilhas para Pessoas com Necessidades Especiais


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Nos últimos anos tem crescido a preocupação e a oferta de atividades, hospedagem e trilhas para pessoas com necessidades especiais no Brasil.


Pessoas com Necessidades Especiais / "Deficiência"

trilhas acessibilidade cadeirante maePara os propósitos deste artigo, o termo "Pessoas com Deficiência" inclui todas as pessoas que, devido ao ambiente encontrado, sofrem uma limitação em sua capacidade relacional e têm necessidades especiais durante viagens, acomodações e outros serviços de turismo, particularmente indivíduos com deficiência.

Deficiências físicas, sensoriais e intelectuais ou outras condições médicas que requerem cuidados especiais, como pessoas idosas e outras pessoas que necessitam de assistência temporária ou permanente.

No Brasil, segundo o IBGE (2010), 24% da população, cerca de 45 milhões de pessoas tem alguma deficiência ou incapacidade, sendo que 58% têm deficiências visuais, 16% possuem deficiência auditiva e pouco mais de 4% apresentam comprometimentos mentais e/ou intelectuais. A maioria conhecida como PCD, as pessoas com incapacidades mão / mobilidade representam 21%. Com base nesses dados, a maioria das pessoas com deficiências auditivas, deficiências mentais / intelectuais e deficiências visuais que, juntas, representam 78% do total, não têm o direito de cumprir suas necessidades.


Introdução

"Trilhas Acessíveis" são uma boa opção de lazer e aprendizado para pessoas com necessidades especiais (cadeirantes, cegos, surdos, etc.), devendo ser acessíveis, ou seja, devem permitir a utilização de todos usuários, devendo ser implantadas sem comprometer a integridade do local, causando o mínimo possível de impacto em especial para a fauna e flora.

No Brasil já existem leis e normas da ABNT que regem em função da acessibilidade, porém nem sempre são respeitadas ou cumpridas.

trilhas mangue passarela cadeiranteÉ importante destacar que ao elaborar um projeto de trilha em que pessoas com necessidades especiais possam usufruir, deve-se pensar no pavimento, onde costuma ter uma negligência, p.ex., entre a inclinação do piso e a cadeira de rodas, isso para garantir o tráfego com segurança para o cadeirante. Geralmente pensa-se em adotar uma inclinação na trilha para haver drenagem de água, porém esta inclinação no piso pode criar dificuldades para os usuários de cadeira de rodas.

Click nesse link ou na imagem à esquerda para ver passarela projetada em parque em manguezal para cadeirantes. 

Esse fator pode limitar o acesso para apenas aqueles que tem uma cadeira de rodas especial para esporte ou aventuras. A sugestão é que sempre tenha um acompanhante para evitar as quedas, ou que estas realmente em sua totalidade tenham a segurança necessária para os cadeirantes.

Recomenda-se no planejamento que deve ser levado em consideração é quanto a largura da trilha = 1,2 a 1,5 m, com uma declividade de até 5% e uma inclinação lateral de no máximo 1%.

É preciso conhecer as dificuldades dos cadeirantes para planejar as trilhas que devem estar adaptadas com cuidado com a segurança e evitar possíveis obstáculos como escadas, declividade, galhos e outros obstáculos.

Turismo, Informações e Comunicação

  1. A literatura turística e outros materiais promocionais utilizados no turismo devem fornecer uma indicação clara de serviços e instalações acessíveis, de preferência acompanhados por símbolos internacionais facilmente compreensíveis.

  2. trilhas acessibilidade Hula Valley israelAs áreas de recepção turística (destinos turísticos) devem fornecer uma lista de serviços de apoio para turistas com deficiência. As listas de tais serviços devem incluir, como regra, instalações de reparo e substituição de próteses e equipamentos, clínicas veterinárias para cães-guia e fornecedores e distribuidores de serviços médicos especializados.

  3. Os sistemas de reservas devem incluir dados sobre o nível de acessibilidade das instalações e serviços anunciados às pessoas com deficiência, a fim de garantir informações corretas e facilitar os procedimentos de reserva.

  4. Os sistemas de reserva devem estar acessíveis para que qualquer turista possa interagir com eles de forma independente. Para este fim, websites e outros sistemas de reservas devem ser projetados de tal forma que possam ser utilizados por todos.

  5. Os responsáveis ​​pelo recebimento e acompanhamento de reclamações de consumidores do setor de turismo devem registrar e resolver reclamações relativas à não prestação de serviços e instalações promovidas ou anunciadas como acessíveis, por meio de um procedimento claramente designado.


Preparação de Equipes para Atendimento a Pessoas com Necessidades Especiais

  1. O pessoal dos estabelecimentos turísticos e os serviços relacionados com o turismo devem estar preparados para compreender e lidar com os problemas enfrentados pelos clientes com deficiência ou necessidades especiais.

  2. trilhas acessibilidade TrailRiders hike Eva Lake 1O pessoal deve receber formação adequada no controlo e prestação de serviços e no funcionamento de instalações destinadas a clientes com deficiência ou necessidades especiais.

  3. Entre os funcionários deve haver pessoas familiarizadas com os meios de comunicação com pessoas com deficiências sensoriais.

  4. Os funcionários devem ser treinados para lidar com pessoas com necessidades especiais com cortesia e rapidez, para fornecer informações completas sobre os serviços e instalações disponíveis para eles, e para oferecer assistência para facilitar seu acesso a serviços não acessíveis.

  5. Os agentes de segurança ou seus equivalentes em estabelecimentos turísticos e veículos que acomodam e transportam pessoas com necessidades especiais devem, em regra e sempre, ter uma lista de salas e números de compartimentos ocupados por essas pessoas, em caso de emergência.

 Requisitos para Estacionamento

  1. trilhas acessibilidade vagasDevem estar disponíveis zonas especiais de estacionamento para os veículos das pessoas com mobilidade reduzida que apresentem uma identificação adequada o mais próximo possível da entrada/saída do edifício ou dos locais. Essas áreas devem ser monitoradas para que não sejam usadas por pessoas sem necessidades especiais.

  2. As vagas designadas devem situar-se o mais próximo possível da entrada/saída do edifício ou local para a chegada e partida de passageiros com necessidades especiais. Tais pontos devem ser monitorados para que não sejam sobrecarregados por outros veículos ou objetos.

  3. As vagas de estacionamento individuais devem ser suficientemente grandes para permitir aos passageiros com necessidades de mobilidade movimentar-se confortavelmente entre carros e cadeiras de rodas e estar situadas de modo que as pessoas que usam cadeiras de rodas, muletas ou aparelhos não sejam obrigadas a se mover atrás de carros. Na medida do possível, a rota de acesso ao local ou edifício deve ser protegida.


Comunicação / Sinalização

  1. trilhas acessibilidade cadeirante iconsOs balcões de informação, check-in e bilheteria devem ser claramente indicados e ter uma área de serviço ao cliente acessível, reservada para pessoas com mobilidade reduzida e tão perto quanto possível da entrada.

  2. Os avisos devem ser visuais (tipo claro em quadros de avisos eletrônicos ou grandes telas de vídeo) e acústicos (precedidos por um tom).

  3. Os serviços e instalações acessíveis devem ser claramente indicados, símbolos facilmente compreensíveis de tamanho adequado e em contraste cromático com o fundo.

 

Equipamentos "Radicais" para Cadeirantes

trilhas acessibilidade joeletteCadeiras de rodas especiais, como a francesa Joëlette, uma cadeira de rodas "todo-terreno" que permite a prática de caminhada ou corrida para qualquer pessoa com mobilidade reduzida ou com deficiência, criança ou adulto, mesmo muito dependente, com a ajuda de pelo menos dois acompanhantes.

O guia de trás garante o equilíbrio da cadeira e o guia da frente fornece tração e direção, sendo os usos esportivos, o limite depende apenas das possibilidades dos guias. Dobrável, pode ser armazenada no porta-malas do carro.


O que é uma trilha natural em Braille

trilhas pothole guia paul

A primeira trilha Braille Nature Trail foi implantada em 1967 próximo a Aspen, Colorado. Um professor de ciências chamado Bob Lewis estava sempre interessado em envolver seus alunos na natureza.

Depois de ler um livro sobre o inventor do alfabeto Braille, Louis Braille, Lewis teve a ideia de tornar uma trilha natural acessível aos deficientes visuais e acrescentar sinais informativos em Braille que envolveriam os visitantes em experiências sensoriais, aproximando os deficientes visuais da natureza. O conceito "Braille Nature Trail" nasceu, e o conceito logo foi difundido em todo o país.

Na foto acima, podemos ver o trail designer sul-africano Paul Bewsher, tocando liquens em pedras cobertas de liquens colocadas à disposição de deficientes visuais e cadeirantes na Lichen Trail, no Bourke's Luck Potholes.

Acesse esse link para mais informações e fotos feitas nessa viagem técnica (© Roberto M.F. Mourão, outubro 1999).

Trilha Natural Braille é uma trilha natural com sinais informativos em Braille e auxiliares físicos que permitem que os deficientes visuais experimentem a trilha sem assistência.

Essas trilhas geralmente incluem uma corda-guia para os deficientes visuais segurarem e seguirem o caminho com marcadores para sinais informativos em Braille.

Alguns trechos têm passagens tácteis para fornecer orientação, outros têm componentes de áudio, como visitas guiadas de áudio ou acesso a smartphones, e muitos são acessíveis a cadeiras de rodas.